domingo, 25 de julho de 2010

Mano Menezes é o novo técnico

Pois é. Temos um técnico novo na Seleção do Brasil. Treinador de ponta, visão longa e sucesso no futebol brasileiro. Espero que até a Copa de 2014 tenhamos uma seleção com a cara que tanto gostamos. Quero ver jogadores que atuam no Brasil. Deixemos um pouco de lado os brasileiros da Europa. Por que não conceder oportunidades aos brilhantes garotos que surgem no futebol nacional?

Desejo sucesso ao técnico Mano Menezes. O sucesso dele será a nossa alegria. Parabéns que estendo ao Corinthians que cedeu o treinador. O Fluminense, na minha maneira de ver, deveria ter outorgado ao técnico Muricy a chance de escolher ir ou ficar.

A Copa de 2014 é nosso alvo. Avante Brasil!

enéias teles borges
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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cuidado com a discriminação

Todo cuidado é pouco. Há que se cuidar com o que fala ou como se fala. Em tempos de alta no mundo inteiro o movimento homossexual serve-se da Lei, sempre que se sente acuado. Dentro da Lei, não há que se falar em exagero. Que cada um se defenda como pode.

Datena pode ser multado por discriminação a travestis no "Brasil Urgente"

A Defensoria Pública de São Paulo denunciou o apresentador José Luiz Datena por "prática discriminatória contra travestis". Ele pode ser multado em até R$ 48 mil.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta sexta-feira (16). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

No dia 30 de abril, Datena exibiu no "Brasil Urgente" (Band) uma briga envolvendo um transexual, que empurrou também o câmera da atração.

Ao narrar a reportagem, Datena usou expressões como "isso é um travecão safado" e "travecão butinudo do caramba".

O apresentador diz que "podem me acusar de qualquer coisa, menos de homofóbico".

"Eu me referi à agressão ao cinegrafista. Não é porque o cara é travesti que pode agredir outra pessoa. E me defenderei nos termos da lei", diz.

 
Enéias Teles Borges
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domingo, 11 de julho de 2010

A VITÓRIA DO FUTEBOL

Espanha campeã, vitória do futebol. Eu até preferia a Holanda, em razão de ser a terceira final dela, mas devo admitir: o futebol venceu. Fez bem para o bom futebol a desclassificação do Brasil e a derrota da Holanda. Que volte o futebol de toque de bola e de ataque.

Parabéns Espanha!

Enéias Teles Borges
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quarta-feira, 7 de julho de 2010

NO FINAL DEU EUROCOPA

Poderia ser a Copa da África, depois passou a parecer Copa América e no final deu, como em 2006, uma Eurocopa. Sim, isso mesmo! Holanda e Espanha farão a final. Devo dizer o seguinte: o futebol da Espanha e muito bonito, parece o que um dia foi nosso. Ainda assim minha torcida é pela Holanda. É hora de ganhar uma Copa do Mundo.

É isso aí.

Enéias Teles Borges
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segunda-feira, 5 de julho de 2010

DUNGUISMO E MARADONISMO

As experiências cumpriram propósitos. Ao que tudo indica a conquista do título não era o propósito principal. Tanto o dunguismo quanto o maradonismo resgataram um espécie de "amor à camisa" que, de fato parecia necessário. Pelo menos no Brasil. Os jogadores escolhidos por Dunga sentiam orgulho e satisfação. Não podemos dizer o mesmo do objetivo no futebol. Na realidade precisamos escolher se jogaremos no ataque, como o Brasil sempre fez ou se jogaremos como fizemos, nesta Copa de 2010.

Fim para Dunga e para Maradona

A realidade é que o dunguismo e o maradonismo foram sepultados. A Argentina tem um belo técnico: o mesmo que dirigiu o Paraguai. Por aqui estamos torcendo pelo Felipão.

Quem o futebol do Brasil mostre a sua verdadeira cara.

Enéias Teles Borges
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domingo, 4 de julho de 2010

CALMA, MUITA CALMA...

Agora que os ânimos estão suavizados é tempo de ver o futebol como ele é: esporte. Nada mais que isso. É claro que pessoas (muitas) vivem dele, claro que nós, que estamos do lado de cá, como torcedores, devemos pensar apenas de uma forma: futebol é esporte, futebol é para divertir. Tentar não sofrer com as derrotas é virtude a ser buscada.

Cabeça erguida

Todos devemos nos postar de cabeça erguida. Não temos a obrigação de ganhar sempre. Os argentinos também devem erguer a cabeça. Maradona, num ponto, deixou-me impressionado. No final do jogo cumprimentou a todos e deu entrevista tranquila e honesta. Dunga, quem sabe, deveria ter feito algo parecido. Mas ele é assim mesmo. Aceitemos e ponto final!

Alegria e nada de sofrimento

Deve ser a grande busca. Torcer pelo que há de bom, sem qualquer sentimento clubístico. Felizes são aqueles que torcem pelo bom futebol, não importando, no caso, sua origem. As pessoas que conseguem tamanha proeza só terão alegria.

Calma, muita calma...

É hora de retomar a estrada e matar um leão por dia, caso seja necessário. Tudo com calma, muita calma...

Enéias Teles Borges
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sábado, 3 de julho de 2010

Argentina humilhada na Copa

Sou sincero. Eu andava meio abatido. Menos do que em 2006, mas é verdadeiro que eu andava meio sem graça. Depois da vitória de 4 a 0 imposta pela Alemanha eu me sinto mais leve. Nós seguimos únicos pentacampeões e eles seguirão com apenas dois títulos. Para quem não gostou de Dunga, imaginemos os que não gostaram de Maradona.

Sobre o jogo

Eu saí com minha família e tentei me desligar. Praticamente fiquei sabendo do resultado aos poucos. Eu dava a Argentina como campeã. O jogo, pelo que pude ver depois, foi equilibrado no primeiro tempo, mas depois...

Alma lavada

Não foi do jeito ideal, mas a Alemanha nos fez um favor. Nem por isso torcerei por ela. Prefiro a Holanda, Uruguai e Espanha.

Situação interessante

Imaginem o Uruguai vencendo a Copa. Seria lindo ver a Argentina no terceiro posto da América do Sul.

Enéias Teles Borges
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

ESTAMOS FORA DA COPA

Como em 2006. Nas quartas de final. Desta feita não fiquei chateado. Perdemos, mas não me senti envergonhado. Não condeno ninguém. Nem mesmo Felipe Mello ou Dunga. Dunga, aliás, sofrerá com a profecia dupla da impresa brasileira: (a) Felipe Mello seria expulso em jogo importante e (b) não haveria opção no banco de reservas para inverter uma situação como a do segundo tempo do jogo. Sempre assim. Caso o Brasil tivesse voltado com a Taça, as profecias seriam jogadas debaixo do tapete.

Primeiro tempo

Vi uma Holanda que eu não esperava e um Brasil bem desenhado. Não comemorei o primeiro gol. Estava fácil demais. Aquilo estava estranho. Parecia uma goleada à vista.

Segundo tempo

Vi a Holanda que eu temia e a zaga brasileira, melhor do mundo, fez o inimaginável: errando duas vezes. Foi fatal.

Injustiça?

Não creio. Está de bom tamanho. Cada time teve um tempo no jogo. No primeiro não matamos e no segundo nós morremos. Legítima a vitória da Holanda. Minha sincera mensagem aos jogadores e comissão técnica: vocês têm o meu respeito. Fiquem todos de cabeça erguida!

E agora?

As seleções europeias nunca ganharam fora da Europa, certo? Somente o Brasil, time da América, ganhou na Europa. Pela lógica deveria dar um time da América do Sul. Desejo, a despeito de tudo, que a Holanda seja a campeã e caso não consiga que seja a Espanha. Óbvio que Gana seria o ideal, mas o ideal não costuma se concretizar...

Meu sentimento

Dunga venceu a Copa das Confederações, a Copa América e foi vencedor das Eliminatórias da América do Sul. Perdeu nas Olimpíadas e perdeu a Copa. Será lembrado pelas derrotas. Considero isso injusto. Como jogador ele perdeu em 1990, venceu em 1994 e foi vice em 1998. Está de parabéns como jogador e também como treindador.

A Argentina

Eu, no íntimo e para os amigos, dizia temer a Argentina. Sinto, nesse instante, que ela vencerá a Copa. Espero estar errado.

Finalmente

Preparemo-nos para 2014. Diziam que era em 2010 ou 2014. As duas? Nem pensar. Pelo jeito teremos Felipão de volta.

Enéias Teles Borges
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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Racismo no futebol francês

Fiquei impresssionado com o artigo publicado no Universo Online e faço questão de reverberá-lo na íntegra aqui. Trata-se, por hora, de opinião de uma minoria ruidosa. Em que ponto chegará? A Seleção Francesa sem negros e muçulmanos? Eis uma questão...

Torcedores invadem federação francesa pedindo exclusão de 'pretos e muçulmanos'

Após a eliminação da França na Copa do Mundo, um grupo de cerca de trinta torcedores invadiu a sede da Federação Francesa de Futebol (FFF), em Paris, e com gritos racistas, pressionou o até então presidente da entidade, Jean-Pierre Escalettes, a não mais convocar “pretos e muçulmanos” para a seleção.

O caso, revelado pelo jornal Le Figaro, ocorreu no último dia 25 de junho, três dias depois da derrota da França para a África do Sul pelo placar de 2 a 1, que eliminou a então vice-campeã mundial do torneio.

Segundo atesta o jornal, o grupo de torcedores racistas, uma minoria que costuma fazer barulho principalmente em partidas do Paris Saint-Germain, invadiu a sede da FFF e pichou o muro da entidade com os dizeres “Aqui é Paris, não Argélia”, em referência hostil à presença de imigrantes tanto na seleção quanto na sociedade francesa.

Além disso, a imprensa local registrou a seguinte frase, atribuída ao grupo: “Digam ao Sr. Escalettes que queremos uma seleção francesa branca e cristã, e que exclua os pretos e muçulmanos do time. Digam a ele que voltaremos e quebraremos tudo”.

A FFF registrou queixa na polícia parisiense, por difamação e danos materiais.

Conflito racial

Nas Copas de 1998 e 2002, os Bleus tinham doze atletas negros ou árabes, cuja família tem sua origem fora da França continental – oficialmente, o país ainda tem províncias fora da Europa, como a Guiana Francesa e a Ilha de Reunião, além de colônias como Martinica, Nova Caledônia e Polinésia, entre outras. Vários atletas da seleção vêm ou têm ascendência nestas regiões, além das ex-colônias, como Argélia, Marrocos, Costa do Marfim ou Senegal.

O número de ‘não-brancos’ subiu para dezesseis em 2006 e voltou a treze na seleção que esteve na África do Sul em 2010.

Nas quatro últimas Copas, a presença majoritária de atletas negros e árabes na seleção foi colocada em discussão na França.

Em meados e fins dos anos 90, o racismo dentro dos estádios europeus começava a se intensificar, e atletas franceses que começavam a despontar, como Thierry Henry e, sobretudo, Patrick Vieira, lideravam movimentos contra o preconceito.

De maneira que, em 1998, com o título da Copa do Mundo, a diversidade racial era celebrada, com uma seleção denominada como “BBB” (de “Black, Blanc e Beur”, ou “Negro, Branco e Árabe”) sendo recebida de braços abertos pela grande maioria.

Porém, ano a ano, a tensão em torno da imigração na Europa se intensificou, fez parte da agenda política de todos os países, e a seleção francesa de futebol, a mais multirracial de todo o Velho Continente, não passou incólume.

Racismo no meio político

Durante a Copa de 1998, o líder da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, já havia demonstrado seu incômodo com o fato de a equipe campeã do mundo não ter “brancos o suficiente”. Em 2006, voltou a reclamar, dizendo que alguns jogadores não entoavam a Marselhesa, hino do país, com toda força e convicção do mundo. “Alguns nem sabem cantar”, disse na ocasião.

Poucos dias depois, ainda durante o Mundial de 2006, um político do Partido Socialista, Georges Frêche, declarou que era uma “vergonha” a quantidade de negros na seleção, àquela altura, já comandada por Raymond Domenech. “Daqui a pouco teremos onze negros no time titular”, reclamava em tom temeroso.

Já em 2010, um influente professor e intelectual francês, Alain Finkielkraut, que constantemente dá opiniões na mídia francesa, tachou a crise vista nos Bleus durante a Copa como o resultado de uma “divisão étnica e religiosa”, conseqüência da presença e ação negativa de “uma equipe de delinqüentes, que só conhece uma moral, a da máfia”, a de uma “geração de gentalha”, “de gente que se lixa para a França”.

“Essas declarações negam a pluralidade, elas traduzem um profundo desprezo pelos meios populares e uma forma de racismo que está se banalizando”, respondem os sociólogos Marwan Mohammed et Laurent Mucchielli, em artigo para o jornal digital Rue89.com (publicado por ex-jornalistas do diário Libération).

“Em 1998, os gols de Zidane eram assimilados como algo popular, marselhês, francês, os gols tinham a marca da pluralidade ‘Black-Blanc-Beur’. Contra a Itália, em 2006, a cabeçada de Zidane em Materazzi era algo vindo da Argélia, das periferias da França, mas ainda assim se perdoou o momento de fraqueza do herói nacional. Mas em 2010, sem desculpas: é caça às bruxas e análises próximas às do Le Pen”.


Nota: Tenho em meu corpo o sangue do negro, do índio e do branco. Predominância negra. Não gosto da ideia de movimento em favor de "raças" a não ser a única: a raça humana. Choca-me eventou como esse num país de grande expressão, caso da França. Fico, de fato, entristecido e até preocupado. A questão ligada à intolerância racial e religiosa tende a aumentar. Lamentavelmente advém de um país que se diz cristão.

Enéias Teles Borges
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