São Paulo e a violência

Baleado, homem foge por 10 km até capotar em marginal

Baleado três vezes nas costas por um assaltante, um homem acompanhado da mulher e seu bebê dirigiu por dez quilômetros na noite de ontem até capotar o carro em um dos acessos à Marginal do Tietê, zona norte de São Paulo.

Sua filha, nascida há 20 dias, estava no colo da mãe, no banco de trás, e foi arremessada a 15 metros do veículo durante a capotagem. As duas foram socorridas sem ferimentos graves e passam bem. O pai foi operado e continua internado em estado crítico.

O casal de comerciantes estava na Rua Astecas, no Jaçanã, por volta das 21h30, pedindo informações de endereço a três senhoras, quando um ladrão enfiou a arma pela janela e anunciou o assalto. O pai, assustado, fez um movimento com o veículo e o criminoso atirou. Foram seis disparos, dos quais três acertaram a vítima.

Ferido, ele dirigiu por dez quilômetros e, na busca por um hospital, perdeu o controle no acesso da Avenida Educador Paulo Freire à Marginal do Tietê, a 200 metros do pronto-socorro da Vila Maria. O Peugeot 307 bateu no guardrail e capotou diversas vezes até atingir uma árvore.

Quando o carro parou, a mãe viu que o bebê não estava mais em seu colo e saiu desesperada à procura da filha, encontrada em uma moita a cerca de 15 metros de distância. "Na hora do assalto, a mãe tirou o bebê da cadeirinha e o segurou no colo", disse José Carlos Loureiro, irmão da mulher. Ele acredita que o bebê foi arremessado durante a capotagem pelo vidro de trás do carro, destruído por um dos tiros do ladrão.

Mãe e filha foram encaminhadas ao pronto-socorro da Vila Maria e transferidas ao Hospital São Luiz do Tatuapé. Ambas passam bem. O homem foi resgatado das ferragens com sangramento intenso, provocado pelos tiros, e permanece internado em estado grave no pronto-socorro da Vila Maria.

Após os disparos, o ladrão fugiu no veículo de um comparsa e até o momento não foi preso. O crime será investigado pelo 73º DP.

(Universo Online)

 

Nota: São Paulo tem suas belezas e horrores. Nem tudo é festa, nem tudo é dor. Assusta a todos nós um episódio assim. Numa cidade com milhões de habitantes é necessário conviver com isso. As surpresas espreitam o paulistano 24 horas por dia...

 

Enéias Teles Borges

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