Invisível a olho nu, o lago
Vostok abriga um ecossistema único, repleto de oxigênio com níveis 50
vezes superiores aos de água doce comum. Para estuda-lo, pesquisadores
estão perfurando o gelo antártico em uma exploração fundamental para o
estudo da mudança climática na Terra.
A expedição russa chegou ao continente gelado em 28 de novembro de 2010 e
levou mais de um mês somente para preparar os equipamentos e analisar
as mudanças observadas no gelo.
"Já estamos a 3736 metros de profundidade e devem faltar entre 10 e 50
metros para chegar ao lago", disse Valery Lukin, subdiretor do Instituto
de Pesquisas Árticas e Antárticas da Rússia, com sede em São
Petersburgo. Segundo o cientista, o método empregado para calcular a
profundidade se baseia na análise sísmica e na radiolocalização, com
margem de erro estimada em 20 metros.
Embora a profundidade exata seja desconhecida, Lukin acredita que a superfície do Vostok seja alcançada nas próximas semanas. No ano passado, o perfurador superou 70 metros de gelo grosso em menos
de um mês, mas os trabalhos tiveram que ser suspensos em novembro,
quando o aumento da pressão e a diminuição das temperaturas obrigaram a
paralisação das máquinas.
Para os pesquisadores russos, os resultados da exploração do lago Vostok
serão fundamentais para o estudo da mudança climática na Terra durante
os próximos séculos. Segundo as pesquisas, o local é único e abriga um
ecossistema que está repleto de oxigênio com níveis 50 vezes superiores
aos de água doce.
"A água do Vostok é provavelmente a mais pura e antiga do planeta",
disse Lukin. “Não temos provas concretas, mas dados indicam que a
superfície é estéril, embora nas áreas mais profundas possa haver formas
de vida adequadas às condições extremas, como os termófilos e
extremófilos”.
Lago Vostok
Localizado a cerca de 4 mil metros de
profundidade no centro da Antártida, o lago Vostok tem cerca de 300
quilômetros de comprimento por 50 km de largura. Em algumas áreas sua
profundidade atinge aproximadamente 1 km. Sua superfície é de 15690 km quadrados, equivalente ao lago Baikal,
localizado na Sibéria e considerado o maior reservatório de água doce do
mundo. Graças ao seu peculiar enquadramento geográfico, o lago permaneceu
desconhecido por muito tempo e só foi descoberto em 1957 por cientistas
russos, mas apenas em 1996 se descobriu a sua verdadeira extensão.
O lago permanece como uma das últimas zonas por explorar do planeta
Terra e devido ao seu isolamento da atmosfera, presume-se que sua água
esteja aprisionada há pelo menos 1 milhão de anos.
(APOLO11)
Nota: Conhecemos tão pouco da Terra, sistema Solar, Via Láctea, Universo...
Enéias Teles Borges
Conhecemos tão pouco do planeta terra, do universo nada sabemos. Não temos nem noção da sua grandeza.
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