Planeta fora do nosso sistema
Enéias Teles Borges
Astrônomos conseguiram, pela primeira vez, seguir o movimento de um exoplaneta (planeta fora do nosso Sistema Solar), de um lado da sua estrela hospedeira para o outro. A observação foi feita com ajuda do telescópio europeu que fica em La Silla, no Chile.
O exoplaneta tem a menor órbita já detectada - ele está quase tão perto da sua estrela como Saturno está do Sol. Trata-se da estrela Beta Pictoris, uma estrela de 12 milhões de anos que tem 75% mais massa que o nosso Sol. Situada a cerca de 60 anos-luz de distância, este objeto é um dos exemplos mais conhecidos de uma estrela rodeada por um disco de poeiras e restos de matéria.
O exoplaneta, batizado de Beta Pictoris b, tem uma massa de cerca de nove vezes a de Júpiter. Os astrônomos descobriram uma deformação no interior do disco ao redor da estrela que "combina" com os dados sobre a massa e a localização do planeta. Esta descoberta apresenta, por isso, semelhança com a predição da existência de Netuno pelos astrônomos Adams e Le Verrier no séc. 19, baseada em observações da órbita de Urano.
Os cientistas acreditam que este objeto pode ter se formado de modo semelhante aos planetas gigantes do Sistema Solar. Uma vez que a estrela é bastante jovem, esta descoberta mostra que planetas gigantes gasosos podem se formar no interior de discos em apenas alguns milhões de anos, uma escala de tempo curta em termos cósmicos.
Nota: Sou forçado, cada dia, a repensar tudo o que aprendi sobre criacionismo. Não tem jeito...
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